(Tradução minha do Inglês).
No Talmude, a frase acima é atribuída ao Rabbi Judah (alguns dizem ao Rabbi Meir) que costumava dizer: "Um homem é obrigado a dizer as seguintes três bênçãos diárias: 'Bendito sejas Tu... que não me fizeste pagão... que não me fizeste mulher... que não me fizeste um escravo'".
É claro que uma frase assim seria mal-entendida por milhares de pessoas e, como é óbvio, muito mais para os antissemitas. Não irei comentar as afirmações sobre "pagão e escravo". Pretendo, com a ajuda dos Céus, apenas transcrever um comentário do Rabbi Eliyahu Kitov sobre a frase: "BENDITO SEJAS TU... QUE NÃO ME FIZESTE MULHER..."
Kitov explica esta b'racha da seguinte forma:
"Um rei
chamou dois de seus súditos e lhes deu tarefas muito diferentes entre si. Ele apontou um como o General de seu Exército. Este indivíduo usaria um
uniforme especial, adornado com muitas medalhas brilhantes significando a
importância de seu bravo trabalho em defesa de seu país. Ele correria grandes
riscos e seria encarregado com tremenda responsabilidade, mas ele também
colheria as recompensas por seus esforços e assim seu heroico serviço seria
reconhecido por todos. Ao segundo indivíduo, o rei
determinou um papel totalmente diferente. Ele deveria servir ao serviço secreto do rei. Ele não
usaria uniforme algum e não seria adornado com nenhum distintivo de honra. Ele
também seria responsabilizado por missões de bravura e correria talvez até mais
riscos sem os quais o reino não conseguisse subsistir. Mas ninguém poderia saber sobre sua coragem. Desta forma,
para quem estivesse observando do lado de fora seu trabalho podia parecer de
menos glamour, mas seu papel é vital e o rei lhe dá segurança ao afirmar que
aprecia muito seu sacrifício. Assim, Rabbi Kitov explica: Um
homem agradece a D-us a cada manhã por não ter sido determinado o menor papel
de recompensa. Ele orgulhosamente veste suas “medalhas” religiosas e seu
uniforme e assume seus mandamentos extras em seu mais público serviço. Uma
mulher, por outro lado, entende o significado de seu papel mais secreto. Ela
percebe quão vitais o cuidado e carinho dela são para a sobrevivência da
humanidade. Ela assume o papel que recebe pouco reconhecimento público,
modestamente sabendo que para D-us seus sacrifícios são incalculáveis". (WEISBERG, Chana. Why I'm Not Offended by the Blessing "Thank You, G-d, for Not Making Me a Woman?"). [Tradução minha do Inglês].
Estas são as pérolas dos nossos Sábios.
Josué Paulo de Lima
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