"[...] prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice [...]" Mateus 26.39.
Este é um dos versículos mais conhecidos do Evangelho segundo Matitiyahu [Mateus]. Trata-se, conforme Matitiyahu, da súplica de Yeshua [Jesus] quando orava, pouco antes de ser preso. O que chama a atenção é o fato de estar dito que Ele, Yeshua, "prostrou-se sobre o seu rosto" para orar. A oração comum era feita em pé, mas quando em grande angústia, orava-se prostrado. O Talmude afirma que "Em certa ocasião, [...] R. Hanina b. Dosa foi estudar Torah com R. Yohanan b. Zakkai. O filho deste adoeceu e R. Yohanan pediu a R. Hanina b. Dosa para que orasse para o filho [de R. Yohanan]. Ele [R. Hanina] pôs sua cabeça entre seus joelhos e orou por ele e ele viveu". (Berakoth 34b). Como Yeshua nunca deixou de ser um bom judeu e, claro, cumpridor dos mandamentos e da halakhah, Ele, suponho eu, não orou COM O ROSTO NO PÓ, como muitos cristãos pensam como se fosse símbolo de humildade, pois é proibido a um judeu orar assim. Maimônides afirma que "É proibido prostrar-se sobre pedras, exceto no Templo Santo. Não é permitido a uma pessoa importante cair em seu rosto, exceto se ela tiver certeza que é justa como Josué. De preferência, ela deverá inclinar sua face levemente, mas não forçá-la até o chão". (Moshe b. Maimônides. Mishneh Torah, Sefer Ahavah, Tefilah 5:14).
